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01 dezembro 2008

Ode ao cavaleiro




Sou só mais um em meio à solidão
Um sacerdote da destruição e do caos
Em busca de mais uma batalha
Mas dessa vez é diferente
Ago acontece!
Tudo parece vazio!
O céu cinzento quer me alertar
Não sei o que está acontecendo.
Abaixo minha guarda,
E renego todas as minhas defesas
Não tenho mais controle da situação
Dessa vez vai ser tudo diferente
Toda aquela confusão parece parar
Não vejo mais nada!
Somente um cavaleiro!
Tudo aquilo acontece à espera desse momento
De vestes brancas
E olhar confiante
Ele vem em minha direção
Pressinto minha derrota
Chegou a hora!
Abro os meus braços
Não sei o que está acontecendo
Não consigo me controlar
 Fecho os meus olhos e espero
Sinto a lamina cortar o meu peito
Só me resta o cheiro da terra úmida
E as lembranças que ele me traz
Agora tudo está mais claro
Pareço entender a mensagem
Devo retornar ao meu lar e a minha família
Tenho que me recuperar
Parece impossível
O ferimento insiste em não cicatrizar
Minhas noites se resumem aqueles olhos
Espero que possa encontrá-los novamente
Sonho com o dia em que baterá minha porta
Não desistirei
E da próxima vez, não haverá vencedor.

L.D. 
30/10/2002