Sob o som da infinita natureza eu chorei e sorri

O que se vê em volta das ruínas?

Atravessamos agora o salão dos velhos guerreiros

Somos um mito, meio mágico meio místico

Sempre fomos e somos

Temos um pouco de areia e dois tijolos velhos

Mas pretendemos construir uma muralha

Temos bom coração e uma espada enferrujada

Mas pretendemos destruir a fera

Olhem lá. São os campos de minerva

Lar dos heróis, estamos longe de casa

Olhem para nós, quem diria...

Enfim, não estamos mortos

Qual de nós dará o primeiro passo?

Qual de nós vai ver o sol nascer mais vezes?

Afinal, estamos atrás daquilo

Aquele nosso segredo

Porque vocês sorriem?

Não somos mais nós mesmos

Não estamos mais lúcidos

Não devemos explicações

Somos amigos há mil anos

E nos conhecemos ontem

Quantas vidas vivemos?

Amigos, quantas musicas nós cantamos juntos?

Lembram de quando atravessamos a vastidão?

E deixamos para trás os vencidos

Para nos tornar vencedores

Qual é o nosso premio afinal?

O profeta disse que precisamos nos comunicar

Fale comigo

Olhe nos meus olhos

Apague o fogo que nos cerca

De que são esses lamentos?

De onde vem o som da dor?

Ajudem-me a respirar

Abram meu coração para a nova vida

Olhem ao norte. São as cordilheiras da dor

Deixa os essas montanhas para trás

Somos temidos separados

Somos invencíveis juntos

Para onde vocês estão me levando?

Vão me deixar junto a essa pequena cachoeira?

Porque vocês têm que ir embora?

Não me deixem para trás

É um lindo dia de sol

Meus amigos me deixaram aqui e partiram

Tiveram, medo da loucura

É tarde, já faz parte deles

Amigos, quantos somos?

Onde estamos agora?

Porque eu estou só?

Porque vocês não riem mais?

Eu caminho por entre os campos

Vejo dois leões ao longe

Estou só de novo

Obrigado minerva

Sob o som da infinita natureza eu chorei e sorri

Os leões vêm em minha direção, encerrar um ciclo

Acabou para mim, mas continuem a jornada

Até logo e boa viagem!

L.D.